E então há um lugar para onde vão
os sonhos que a gente desacredita,
onde moram os anéis que perdemos,
os brincos descasados,
o pé de meia preferido,
o batom engolido pela bolsa.
Há um lugar,
um sumidouro,
para onde são tragados os sorrisos que não voltam,
o cheiro do cabelo,
um colarinho manchado,
o perfume na manga do vestido,
teu nome no bilhete,
um gosto de vinho grudado na língua.
Ficam lá,
suspensos numa órbita improvável e inacessível,
ao som de três ou quatro frases
para sempre repetidas que a gente procura esquecer.
E um dia esquece.
Escrito por Ticcia às 08:48 de 18.02.2008
os sonhos que a gente desacredita,
onde moram os anéis que perdemos,
os brincos descasados,
o pé de meia preferido,
o batom engolido pela bolsa.
Há um lugar,
um sumidouro,
para onde são tragados os sorrisos que não voltam,
o cheiro do cabelo,
um colarinho manchado,
o perfume na manga do vestido,
teu nome no bilhete,
um gosto de vinho grudado na língua.
Ficam lá,
suspensos numa órbita improvável e inacessível,
ao som de três ou quatro frases
para sempre repetidas que a gente procura esquecer.
E um dia esquece.
Escrito por Ticcia às 08:48 de 18.02.2008
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