A explicação me foge rápida e esquiva quando pressinto tua presença grande e mansa, tua chegada de perturbação e murmúrios. Teus passos sempre precedidos de um farfalhar de ramos, de um estalar de folhas, de galhos mesmo entre o concreto das avenidas. Tua proximidade vem com um sopro na nuca, um deslizar de víbora sobre as vértebras da coluna, uma instabilidade quântica das moléculas das pernas. Teu sorriso anacrônico traz sempre Camões, Nerudas, Pessoas e eu nuca sei se vais recitar Quintana ou propor Kama Sutra. Delícia de dúvida.
Escrito por Ticcia às 11:06 de 30.01.2004
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