fôsse
Fôsse eu dizer-te
dos ventos que trouxeram esse teu cheiro
do âmago, zenite intenso do teu prazer
nas palmas das minhas mãos que te estremeciam…
Fôsse eu contar-te
do delírio alucinante do corpo inteiro
da posse, do urro urgente, de te querer…
da seda dos ombros nús que me entonteciam
Fôsse eu capaz
E o som da flauta eterna e da magia
nem os gestos nem a Lua, nem o dia
Seriam hoje tão vagos e dolentes.
E teria ainda as mãos como presente
Nas minhas, trémulas, ôcas e impotentes
Fôsse possível ter-te tanto como queria
19/11/2009 in Poetry
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