terça-feira, 13 de outubro de 2009

Rubra Rosa


O que em mim supura,
ânsia em magma quente sob a pele do ventre,
povoa minha carne, poreja minha pele,
habita meus escuros.
A querença se espalha ferida viva e ostento a chaga do que me infecta,
mais como um colar que como uma vergonha.
Minha doença me transforma, me ergue e me distingue.
Sou mutante sob a pele dos dias ordinários,
prenha do que adivinho em mim e em mais ninguém
e ouço os passos do que me fará plena de alturas e picos.
Escrito por Ticcia às 03:42 de 22.09.2003

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