quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Peace


Esperando
a chegada
de
um
novo
Ano
Novo

Cosmic Collision

















Nada melhor que
a colisão de duas
nebulosas
para representar
um abraço
agradeço a t@d@s
que viajaram
com as imagens

e a
Ticcia

que enfeitou
as imagens postadas

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Crepúsculo

















É estranho que o mundo silencie, breve e triste,
e que em minha boca fechada
as palavras batam asas,
angústia de dizer, e o corpo se agite, animal faminto.
Tu permaneces, acima das horas e sobre os dias,
como se horas e dias não houvessem,
como se o tempo fosse um besouro
enredado em meus cabelos
e teus dedos fossem sua improvável salvação.
Não me comove a chuva, ou a beleza do silêncio.
Sou toda um esgar contido,
um pequeno frêmito de superfície onde nas profundezas desmoronam
cada um dos meus degraus.
Esqueço teus olhos. Esqueço tua pele.
Esqueço o cheiro que só existe em certas partes do teu corpo.
Esqueço de mim, um tanto.
Morro, um tanto.
Então escrevo para contar àquela de mim do que me compus.
E escrevo de novo para lembrar a ti do que me fizeste.


Escrito por Ticcia às 11:31 de 25.03.2008

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

domingo, 27 de dezembro de 2009

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

sábado, 19 de dezembro de 2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

domingo, 13 de dezembro de 2009

Ylaplant


A verdade, mais tola e mais simples,
mais certa e mais secreta é que me fazes falta,
esse vácuo, esse oco sem precisão ou contorno,
sem nome ou lógica.
Tu me fazes falta e me fazes carregar comigo
uma ausência indefinível e perpétua,
um esgar que é antes um tatear no vazio
do que um estender de mão em direção a algo.
Tu me fazes falta, me cavas um buraco,
pões em meu rosto um borrão que não me desfigura,
antes me torna um enigma para mim mesma.
E venho me definindo e me reconfigurando ao redor disto:
da tua falta. Sou esta que se ressente da tua ausência
sem saber mais sequer como é a tua presença,
que forma tem o teu corpo, qual o cheiro do teu hálito,
qual a cor dos teus olhos, que gosto tem a tua boca assim que despertas.
E no entanto sei disso: me fazes falta,
essa falta ampla e completa que toma o dia cada vez que me vem o teu nome,
essa falta que abre uma fresta no tempo, que suspende os ruídos do mundo,
que modifica a direção do vento e que toma o centro de mim
e ao redor da qual eu brinco de ser uma outra,
que eu inventei para parecer que continuei vivendo.



Escrito por Ticcia às 08:03 de 25.11.2009

sábado, 12 de dezembro de 2009

Baila Comigo


O dia se veste bonito,
um amarelecer de outono
e traz nas mãos
um vento que é poesia nos cabelos revoltos da menina,
saia a voar, braços a ganhar o espaço.
Ela está solta e confia no vento,
nas grandes nuvens brancas e nos pássaros
que fazem companhia alada aos seus sonhos,
aos seus pensamentos esvoaçantes,
a suas idéias em redemoinho.
A menina tem corpo de papel,
uma trança comprida cheia de laços coloridos
e vontade de alcançar o céu.
A menina desprendeu-se do chão
e navega nas transparências leves,
na claridade da tarde,
junto com as flores arrancadas das árvores.
A menina sem peso flutua rumo ao amplo,
porque ela mesma é infinita, é menina,
é seda e é pipa que escapou das mãos.


Escrito por Ticcia às 03:46 de 21.12.2004

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

terça-feira, 1 de dezembro de 2009