segunda-feira, 27 de julho de 2009

domingo, 12 de julho de 2009

Aleph II


A fome das coisas incertas a que me remete tua voz,
fome imprecisa e ambulante que ora tenho nas mãos,
ora tenho nos olhos, ora pede-me asas,
ora crava raízes no chão.
A fome vaga do cheiro dos teus cabelos,
a fome oca do teu abraço longínquo,
essa fome voraz que devoraria o ar que respiras,
a fome triste dos lugares vazios que ocupaste.
Fome de dias invividos, fome de antes,
fome de quando,
fome dos ses guardados embaixo da cama.


Escrito por Ticcia às 07:48 de 25.07.2006

sábado, 4 de julho de 2009